Tomar boas decisões é sempre um grande desafio. As conseqüências de determinadas decisões podem durar anos. Nas escolas de negócios existem diversas teorias que se desenvolveram em que o elemento humano é reduzido, de modo que as decisões são basicamente tomadas de forma racional. São baseadas em fatos, sem levar em conta o fator humano.
Não estou fazendo apologia de tomar decisões impulsivas ou emocionais, mas de entender que por trás da decisão existe alguém humano e não uma máquina. Uma pesquisa feita em maio/2002, por Christian & Timbers (Bonabeau, 2003) revela que nada menos que 45% dos dirigentes empresariais confiam hoje mais no instinto do que em fatos e estatísticas para tocar suas empresas.
Nem sempre uma decisão racional, baseada na análise fria dos resultados será a melhor decisão. Porque não? Por que não adianta tomar a melhor decisão e ficar infeliz. A lição óbvia é a de acolher o elemento humano que não pode ser eliminado de maneira nenhuma, não no mundo real. Se você ouvir o seu lado humano com consciência total, suas decisões serão sempre boas decisões.
Deepak Chopra, médico e escritor indiano, sugere quatro elementos para uma boa tomada de decisão:
Emoções: Sua escolha deve se encaixar com suas emoções mais positivas e evitar as negativas. Boas decisões soam otimistas. Elas não são baseadas no medo, rivalidade, raiva e ganância. Elas trazem boas emoções, enquanto más decisões trazem emoções angustiantes. Quando a situação está repleta de tensão, a tomada de decisão pode se tornar nebulosa. Mesmo assim, é a pessoa sem pânico, centrada emocionalmente, que, inevitavelmente, encontrará a melhor solução.
Self: Sua decisão deve coincidir com quem você é como pessoa. O sucesso depende muito mais de quem você é do que o que você faz. Se você continuar a construir a si mesmo, em movimento constante em direção à maturidade, auto-confiança, auto-segurança, e sabendo o que é a sua própria verdade, você vai tomar decisões cada vez melhores. Self não é ego. É a calma, o núcleo seguro de quem você é. Ego é a unidade para satisfazer as demandas de “Eu e meu”. Nós todos temos egos, mas as pessoas bem-sucedidas aprenderam a agir a partir de seu verdadeiro self.
Visão: Sua decisão deve estar de acordo com seus objetivos de longo prazo. Cada pessoa experimenta uma série de mudanças, emoções, pensamentos e desejos. Elas formam a confusão diária que ocupa nossas mentes, e dominam as nossas ações diárias. A visão transforma a mistura em uma perspectiva coerente, transformando o caos em ordem. “Eu sei quem eu sou” vai com “Eu sei para onde estou indo.” A visão é o capitão do navio da vida. Aqui você reconhece o seu senso de moralidade e de dever. Você sabe o que gosta. Você segue as suas mais altas aspirações. Quando as pessoas bem-sucedidas sobrevivem a imensas crises e desafios, o que faz com que elas ultrapassem esses momentos é sua visão.
Ambiente: Sua decisão deve ser compatível com a situação em que você se encontra. Todas as decisões são tomadas em um contexto. Você não pode reduzir as decisões a uma fórmula que se encaixa em todas as circunstâncias. A maioria das pessoas tenta fazer exatamente isso. Elas são sempre lutadoras ou conciliadoras??. Elas sempre abraçam ou evitam o risco. Boas decisões exigem que você pare para avaliar como a situação se encontra no ambiente. Esta é uma área onde a racionalidade realmente lhe dá uma vantagem quando você consegue reunir informações, estudar as variáveis ??que devem ser consideradas, e realizar análises em profundidade. No entanto, mesmo aqui, as melhores decisões são tomadas por alguém que se conheça bem, e não por alguém que confia totalmente em dados.
Às vezes boas decisões exigem energia e nos tiram da zona de conforto, como por exemplo: mudar de emprego, de carreira, terminar relacionamentos que nos fazem mal entre outros. Entretanto, por mais difícil que seja decisão, a decisão certa sempre trará paz no coração. O que não significa que essa decisão sempre o deixará feliz, mas você saberá que essa era a melhor decisão a ser tomada.
Termino com uma citação popular: “Quanto mais você ama suas decisões, menos você precisa que os outros as amem”
Eduardo Drummond – Psicólogo Clínico e Coach – CRP 05/35489 – www.azulpsicologia.com.br
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