Atualmente encontrar pessoas com Transtorno do Pânico tem sido algo muito comum. Quem não tem um amigo que tenha passado por isso?  Estudos estimam que cerca  de  1,5 a 3,5% da população sofrerão esse transtorno durante a vida.

A maioria dos pacientes de pânico primeiramente vão parar na atenção primária ou emergências dos hospitais, onde normalmente  fazem todos os exames, pois acham que estão tendo um ataque do coração ou algo relacionado a pressão com tonteiras, falta de ar, vista turva, alguns achando que vão morrer e outros achando que estão enlouquecendo em conjunto com todos os outros sintomas da crise de pânico.

O ataque tem um início súbito e aumenta rapidamente, atingindo um pico em geral em 10 minutos acompanhado por um sentimento de perigo ou catástrofe iminente e um anseio por escapar. Entre os diversos sintomas temos os seguintes: palpitações, sudorese, tremores ou abalos, sensação de falta de ar ou sufocamento, dor ou desconforto torácico,  náusea ou desconforto abdominal, sensação de tontura, vertigem ou desmaio entre outros.

Segundo o DSM-IV que é a classificação da American Psychiatric Association para as doenças mentais, a característica essencial do Transtorno de Pânico é a presença de Ataques de Pânico recorrentes e inesperados, seguidos por pelo menos 1 mês de preocupação persistente acerca de ter um outro Ataque de Pânico (Critério A).

Os Ataques de Pânico não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., Intoxicação com Cafeína) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo) (Critério C).

Finalmente, os Ataques de Pânico não são melhor explicados por um outro transtorno mental (por ex., Fobia Específica ou Social, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Transtorno de Estresse Pós-Traumático ou Transtorno de Ansiedade de Separação) (Critério D). O Transtorno de Pânico pode vir acompanhado de Agorafobia que se trata de uma ansiedade acerca de estar em locais públicos ou situações das quais escapar pode ser difícil (ou embaraçoso) ou nas quais o auxílio pode não estar disponível na eventualidade de ter uma Ataque de Pânico.

O Transtorno do Pânico tem participação importante de fatores hereditários que são normalmente deflagrados por algum período ou situação estressante. O tratamento do Transtorno do Pânico é feito com o auxílio de psicoterapia em conjunto com médicos psiquiatras, normalmente com a utilização de antidepressivos e benzodiazepínicos.

O fato é que as crises de pânico e ansiedade, como qualquer outra crise em nossas vidas é um momento de grande aprendizado e oportunidade de mudança para uma vida melhor.

 

Eduardo Drummond – Psicólogo Clínico – CRP 05-35489 – www.azulpsicologia.com.br