Ômega-3 são os chamados ácidos graxos essenciais. São denominados essenciais, pois o corpo não consegue fabricá-los. Apesar do corpo não fabricá-los, esses ácidos tem um papel importantíssimo na constituição do cérebro e no seu equilíbrio.
Um dado importante é que dois terços do cérebro são compostos de ácidos graxos. Eles são o componente básico das membranas das células nervosas por meio do qual as comunicações entre células nervosas são feitas, dentro do cérebro e com o resto do corpo.
Pesquisas em laboratórios com ratos mostram que quando os ácidos graxos ômega-3 são eliminados de sua dieta, o humor desses animais muda completamente. Eles se tornam ansiosos, param de aprender novas tarefas e entram em pânico com pequenas tarefas de laboratório, tais como a busca de uma rota de fuga a um obstáculo.
Outras pesquisas relacionam o fato de que em países orientais com alto consumo de peixes como o Japão, Cingapura, Malásia, o índice de depressão pós-parto ser bem menor comparado aos países ocidentais. O cérebro do recém nascido tem uma necessidade maior de ômega-3 em função de seu crescimento rápido.
O hipocampo representa uma das duas áreas do cérebro dos mamíferos onde ocorre a neurogênese adulta, ou seja, onde os neurônios nascem. Este processo está associado com os efeitos benéficos sobre a cognição, humor e tratamento dependência crônica de remédios.
A exposição aos ácidos graxos ômega-3 aumenta a formação de novos neurônios nos adultos associados com os processos cognitivos e comportamentais, promovendo a plasticidade sináptica, ou seja, aumentando a capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito e dos fatores do meio ambiente. Este processo de plasticidade sináptica é essencial para o desenvolvimento da aprendizagem e memória.
Um estudo realizado por um grupo de psiquiatras da Universidade de Viena indica que ácidos graxos polinsaturados na alimentação podem reduzir o risco da esquizofrenia. A doença afeta aproximadamente 1% da população. O distúrbio, em geral, surge pela primeira vez na adolescência, deflagrando sintomas como psicose, mania de perseguição e isolamento social.
Os cientistas avaliaram 81 pessoas entre 13 e 25 anos que apresentavam leves sintomas psicóticos ou tinham predisposição familiar. Durante 12 semanas, 41 participantes ingeriram diariamente 1,2 g de óleo de peixe, substância que contém grande porcentagem de ômega-3. Os demais receberam placebo.
No ano seguinte, entre os participantes do grupo-controle 11 desenvolveram psicose completa e do outro, apenas 2 apresentaram a doença. Entre os que foram tratados com óleo de peixe, vários relataram sensível melhora nos sintomas. A conclusão do estudo é que o ômega-3 reduz o risco da progressão da psicose e pode oferecer uma estratégia segura e eficaz para a prevenção em pessoas jovens com estados psicóticos.
Podemos encontrar o “bom” ômega-3 (de cadeia longa) nos peixes de águas profundas como salmão, atum, bacalhau, albacora, cação. Os peixes devem ser assados, cozidos ou grelhados. Não se deve fritá-los, pois este processo destrói o ômega-3. A popular sardinha e o arenque também são ricas fontes de ômega-3.
A linhaça é uma excelente fonte de ômega-3, assim como o salmão. Outras fontes de Ômega-3 incluem a semente de linhaça. castanhas, nozes, óleos vegetais (azeite, óleo de soja, canola) e vegetais de folhas verdes escuro.
Portanto, não perca tempo! Turbine seu cérebro com ômega-3 já! O seu humor e saúde agradecem!
Eduardo Drummond – Psicólogo Clínico e Coach – CRP 05/35489 – www.azulpsicologia.com.br
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